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O livro está organizado em quatro blocos que reagrupam dezesseis capítulos, elaborados com a participação de mais de meia centena de autores para, de uma forma sequencial, olhar a temática da avaliação em saúde de diferentes ângulos e pontos de vista – os aspectos conceituais que constroem e sustentam a articulação entre os temas; os usos desses conceitos nas pesquisas avaliativas em saúde; a relação entre esses temas e gestão de projetos em saúde; e experiências de estudos avaliativos e as redes sociotécnicas, realçando a relevância da interligação da avaliação em saúde às redes sociotécnicas e à transferência de conhecimentos, como desafios para a construção participativa da Saúde Global. O livro se afigura de interesse tanto para os estudiosos da área acadêmica e técnicos da avaliação em saúde quanto para o fortalecimento dos sujeitos dos processos de saúde, com ênfase para a compreensão dos processos e mecanismos de transferência de conhecimento que informam a tomada de decisão. — António Pedro Delgado Médico, mestre em Saúde Pública e doutor em Saúde Internacional Professor na Universidade de Cabo Verde
A associação entre corpo e máquina já começou há décadas, quando passamos, cada vez mais, a usar próteses. Em breve, estaremos profundamente misturados com as máquinas. Essa mistura se intensificará com a aliança entre a inteligência artificial e a engenharia genética. Quando se percebeu que o código genético é binário, ou seja, que é o mesmo tipo de códigos utilizados por computadores, demos o primeiro passo em direção à inteligência artificial do século XXI. Dessa ponte com a engenharia genética está surgindo a era do pós-humano, com o aparecimento de androides e ciborgues, os seres semi-humanos. Será que um dia seremos parasitas de máquina? Quem pensa que a inteligência artificial acabou, está muito enganado. Ela apenas começou.
A filosofia da mente é uma porta de entrada para os estudos filosóficos, pois reedita problemas clássicos. Situando-os no contexto da pós-modernidade, na qual coexistimos com tecnologias que mapeiam o cérebro, constroem robôs e depois criam uma psicologia especial para estudá-los. É nesse mundo de imaginação, povoado de experimentos mentais e paradoxos, que o autor convida para entrar e conhecer, de forma abrangente, os principais temas abordados, nas últimas décadas, por essa novíssima disciplina.
O livro pretende estimular o leitor a refletir sobre os possíveis deslocamentos do objeto da Terapia Ocupacional no campo da Educação de abordagens biomédicas, organicistas, cujas origens estão no movimento eugênico, para abordagens fundamentadas em princípios epistêmicos e éticos alinhados com a possibilidade de exercer a liberdade, a imaginação e o diálogo vivo com as experiências. Pondera sobre as ações práticas da Terapia Ocupacional no contexto escolar, considerando as particularidades do seu cotidiano e dos seus coletivos, tendo como finalidade a escola para todos e suas interconexões com o pensamento crítico. Deseja ainda, por meio de diferentes relatos de experiências, instigar o leitor a dialogar com temas atuais como os preconceitos, estigmas, medos, intolerâncias presentes nas relações interpessoais e institucionais do contexto escolar.
O filósofo francês Jacques Rancière é considerado um dos mais importantes pensadores contemporâneos. Sua vasta produção tem repercutido em diversos campos do saber, como a filosofia e a teoria política, as artes e a educação. Em meio a essa diversidade de interesses, o tema da igualdade desponta como o grande elemento catalisador de suas reflexões. Suas obras se caracterizam por um estilo de pensamento que embaralha as barreiras disciplinares e mescla diferentes vozes sem hierarquizá-las, rompendo com o vezo acadêmico de tomar as falas tidas como subalternas como mero "material bruto", cuja significação só poderia ser desvelada pela produção acadêmica. Seu pensamento tem sido uma fonte inesgotável para a produção de novas e instigantes reflexões, sobretudo no campo da estética e da educação. Os textos aqui reunidos mesclam escritos inéditos de Rancière com ensaios que tomam sua obra como elemento disparador de novas reflexões. Ao revisitar alguns temas clássicos da filosofia da educação e propor novas questões e perspectivas, a obra Jacques Rancière e a escola renova os sentidos da experiência escolar e desvela seus paradoxos e dilemas.
A instituição escolar na contemporaneidade detém a centralidade nos processos educativos. Num momento em que, inacreditavelmente, se ventila fazer da rede pública de ensino centros de “empreendedorismo” e estimular a educação doméstica (homeschooling), é inegável: a escola é incontornável. No entanto, a filosofia da educação não lhe tem dedicado a atenção devida. Ao menos no brasil das últimas três décadas, são pontuais e escassos os trabalhos que recorrem ao instrumental conceitual filosófico para pensar a escola. A problemática escolar não será resolvida pela filosofia exclusivamente, mas ela clama por um aporte filosófico. A filosofia da educação produzida n...
Este livro é uma investigação transversal entre os campos da educação, da filosofia e da magia. Dada a percepção da emergência de saberes e práticas da magia no tempo presente, procuro analisar a seguinte problemática: Como a relação entre filosofia e magia permite experimentarmos outra educação filosófica no tempo presente? O meu objetivo geral é desenvolver usos aproximados entre magia e filosofia que problematizem práticas vigentes em nossa formação acadêmica em filosofia. Experimento a hipótese de que tornar visível a ética do cuidado de si em sua dimensão arcaica – cronologia emergente da filosofia ocidental - permite uma integração ao campo da magia como pos...
O Festac 77 foi um festival idealizado para celebrar e exibir ao mundo a força da cultura africana e afrodescendente. Ao longo de quatro semanas (de 15 de janeiro a 12 de fevereiro de 1977), expoentes negros da música, das artes plásticas, da dança e do teatro se apresentaram em Lagos, na Nigéria. O coração do festival era, no entanto, o colóquio que reuniria centenas de intelectuais de todas as partes do mundo e que, como não poderia ser diferente em plena era da independência das antigas colônias africanas, abordaria o legado da colonização e a situação dos afrodescendentes no mundo, com forte participação dos Estados Unidos e do Brasil, onde se encontravam (e ainda se enc...
Partindo do estatuto da literatura e da escrita na obra de Jacques Rancière, este livro discorre sobre a "revolução silenciosa", expressão cunhada pelo filósofo para caracterizar a passagem da tradição das belas-letras à literatura, isto é, a passagem do sistema clássico baseado na mímesis, denominado por ele de "regime representativo", para o "regime estético das artes". Segundo Rancière, há um "deslizamento de sentido" entre o sistema das belas-letras e o conceito de literatura, o que caracteriza não uma continuidade essencial entre um e outro, mas a mudança de um tipo de saber para uma arte. O que leva à derrogação do sistema clássico da ficção poética é a palavra ...