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Este livro, organizado pelos profs. Raphael Boldt e Elda Coelho de Azevedo Bussinguer, reúne estudos sobre temas atualíssimos, escritos a partir de referências empíricas e/ou teóricas, mas sempre sob o influxo de uma angústia comum: a persistência da desigualdade, da injustiça, da dor e da opressão nos efeitos das práticas do direito, da polícia e da justiça penal no Brasil. Com algumas poucas exceções, foram escritos por acadêmicos da área do Direito, vários dos quais com doutorado ou pós-doutorado na Europa ou nos Estados Unidos, o que demonstra o quanto avançamos na abordagem empírica na área do Direito no Brasil. Nós, sociólogos e antropólogos, sentíamos falta, até há alguns anos, da companhia dos nossos companheiros do Direito na pesquisa empírica. Que seja bem-vinda mais esta nova leva de estudos originários em sua maioria de colegas acadêmicos dessa área! Trecho do prefácio de Michel Misse
In The Criminalization of Democratic Politics in the Global South, Zaffaroni, Caamaño and Vegh Weis offer an account of the misuse of the law to criminalize progressive political leaders in Latin America.
"As mulheres detêm a metade do céu". Com esse provérbio chinês, os revolucionários asiáticos explicitavam a crença em não ser possível qualquer emancipação social sem a participação das mulheres em suas lutas. Bom seria que essa igualdade, que surge de forma tão transparente e descomplicada nessas poucas palavras, pudesse ser vivenciada na complexa experiência do ser mulher. Este livro tem por objetivo promover análises e reflexões acerca da dominação masculina na indústria cinematográfica. Entendendo-se o cinema, como forma de linguagem que é, como um instrumento poderoso de construção da realidade social – e não apenas de sua representação –, pretendeu-se verificar de que maneira a sub-representação feminina na produção fílmica acaba por contribuir para a perpetuação do habitus patriarcal, na medida em que transfere aos homens o verdadeiro domínio sobre o pensar, o agir e o sentir femininos. Afinal, se as mulheres existem, por que elas não se veem?
Com foco na engrenagem colonial que administra burocraticamente corpos racializados e criminalizados em vida e morte, Amanda Quaresma elabora uma análise extremamente ética e sagaz, a partir da Chacina do Cabula. A autora explora o cotidiano do judiciário e das organizações policiais equilibrando compromisso político e competência teórico-metodológica. Ciente de que o Direito é linguagem para poucos, Quaresma decifra quilômetros de armadilhas do Direito Penal, explicita edições e manobras de procedimentos oficiais, aprende e ensina a ler "vestígios deixados no local do crime e nos corpos das vítimas". Temos em mãos um livro capaz de desestabilizar certezas equivocadas: quem s...
Em Punição e Racismo na passagem do Império para a República, são investigadas as condições históricas da estrutura(ção) do racismo na violência escravista e no aparato prisional entre o período imperial e o período republicano. Como um dos pressupostos teóricos é o fato de que o racismo é constituinte da formação social brasileira, uma análise da relação entre racismo e punição não pode deixar de questionar tal relação como uma expressão de uma formação punitiva que se organizou ao longo do tempo. No período estudado, o racismo se organizou como uma arquitetura configurada por e configuradora de uma representação e de uma socialização que expressaram uma fo...
O populismo é um movimento político que ganha força, principalmente, nos momentos de crises políticas ou econômicas em que líderes populistas adquirem poder, através de discursos que trazem uma solução salvadora para reparar o mal causado pelos inimigos. O discurso populista na intervenção penal busca, através da expansão irracional do Direito Penal, gerar mais repressão por meio de leis penais mais severas e desproporcionais, que atuam como um bálsamo, um tratamento paliativo para a sociedade movida pelos medos sociais. Com relação à análise temática, esta pesquisa teve como objetivo identificar padrões populistas em três projetos de leis apresentados na legislatura 20...
As partes que compõem este livro foram pensadas como ramificações de uma mesma árvore cujo tronco se sustenta na busca de uma revisitação e uma reconstrução crítica da Memória, da Democracia, da Luta por Direitos, de indígenas e mulheres, do Constitucionalismo brasileiro e latino-americano, das "Novas Tecnologias", dentre outros importantes/atuais, sem perder de vista o (necessário) diálogo com as "fontes tradicionais" da chamada racionalidade moderna que (retro)alimenta um modo de ser/fazer o que se convencionou chamar Direito moderno.
Essa obra de forma alguma é um conglomerado de prefácios e homenagens que escrevi ao longo da minha vida acadêmica. Trata-se sim de uma tentativa de deslocamento através da escuta atenta. Trata-se do receber e repartir conhecimentos, experiências, lutas. Escrever prefácios e homenagens são sempre uma investida em que, de modo mais livre, agradeço. Entre minhas palavras cruzam se diversas trajetórias. É um convite aberto a novas leituras sobre esses temas.
A coletânea "Constitucionalismo e Democracia" reúne artigos escritos pelos mestrandos da turma de 2023-2025 da Faculdade de Direito do Sul de Minas. Sob a organização de Gerson A. B. Orlato, Júlia de Paula Faria e Leonardo Afonso Côrtes, este livro aborda temas fundamentais do direito contemporâneo, explorando a relação entre democracia e constitucionalismo sob diversas perspectivas atuais. Os artigos presentes na coletânea investigam questões como o impacto da sociedade do cansaço no direito, a permeabilidade constitucional das cláusulas pétreas, os desafios da propriedade ante os parques de papel, e o estado de exceção na Constituição Brasileira. Também são discutidos t...
(...) Rodrigo Pardal oferece prova contundente de como a partir do tema penalístico há uma filosofia do direito que é primordial, incontornável, evidenciando ainda que permanece insuperável o marxismo como filosofia de nossa época, enquanto ela perdurar, como vaticinou Jean-Paul Sartre. WILLIS SANTIAGO GUERRA FILHO O livro é tanto um antídoto à renúncia científica quanto um convite à releitura da "questão criminal" pelas lentes marxistas. CÉSAR MORTARI BARREIRA Ideologia neoliberal e sistema punitivo cumpre muito mais do que anuncia. É obra revigorante para entender quem somos e o mundo em que vivemos. E, talvez mais necessário ainda, o mundo em que não desejamos viver. LEAN...