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Este livro foi concebido na fronteira entre a história social e a história política e contribui para uma compreensão mais complexa e aprofundada da história do trabalho e do Brasil por meio da reconstituição e do entrelaçamento da trajetória de quatro importantes líderes socialistas: Evaristo de Moraes, Agripino Nazareth, Joaquim Pimenta e Maurício de Lacerda. São enfatizadas as dimensões políticas e intelectuais de suas vidas, articulando-as com os diferentes contextos históricos nos quais eles atuaram. A partir do cruzamento das quatro biografias, problematiza-se a questão da "representatividade" e destacam-se os elementos de "singularidade" dos indivíduos. A obra refaz os passos desses quatro controvertidos intelectuais e líderes do movimento operário em diversas partes do Brasil ao longo da Primeira República e no pós-1930 e permite conhecer mais sobre a história das lutas e ideias sociais no país, bem como sobre o comportamento do Estado e das elites econômicas e políticas Brasileiras, em face do movimento operário e sindical e suas demandas por cidadania política e social num longo período histórico da nação.
O livro trata das dinâmicas do racismo na cidade da Bahia – a mais negra do país – nas primeiras décadas depois da Abolição. Ao percorrer diferentes territórios físicos e culturais da capital baiana, focaliza aspectos de sua vida cotidiana (festas, religiosidades e sociabilidades urbanas) e personagens centrais desse momento da cidade. Nesse período, trabalhadores braçais, médicos, cientistas, lideranças religiosas e jornalistas, negros e brancos, elaboravam e disputavam suas crenças, projetos e expectativas para a jovem República que se instituía, reeditando exclusões baseadas em critérios sociorraciais. A obra oferece, assim, uma análise dos confrontos políticos experimentados naqueles anos, marcados pelas mudanças na estrutura de poder e pela ênfase na ciência, especialmente a medicina, como forma de legitimar a exclusão racial e social.
"PARA ALÉM DOS 'FATOS' - O 'morticínio eleitoral' na freguesia de Cajazeiras, província da Paraíba do Norte (1872-1877)", dissertação de mestrado escrita por Maria Larisse Elias da Silva, chega agora às mãos dos leitores e das leitoras em formato de livro. A narrativa histórica construída pela autora está assentada em uma pesquisa realizada com rigor teórico e metodológico, permitindo que por meio da leitura se identifiquem fontes documentais como os jornais que circularam na Corte nos oitocentos e as apropriações que a autora fez do processo-crime e dos anais do Senado Imperial entre os anos de 1872 e 1877, na elaboração da cartografia dos acontecimentos. Os prazeres da lei...
O objetivo do livro é compreender a atuação do poder público e da filantropia na assistência aos leprosos internados no Hospital/Leprosário D. Rodrigo José de Menezes, em Salvador Bahia. O recorte de tempo começa em 1921, quando a Bahia aderiu ao acordo com a União para realizar políticas sanitárias nacionais propostas pelo Departamento Nacional de Saúde Pública e termina em 1936, quando foram suspensas as obras no antigo edifício, localizado na Quinta dos Lázaros.
Esta coletânea reúne a história de milhares de ex-escravos e de seus descendentes dos últimos anos do século XIX até a década de 1980. De forma plural e inovadora, analisa os significados do pós-abolição - período de propostas, lutas e expectativas - por meio de biografias, da trajetória dos movimentos sociais e da formação e consolidação de instituições negras. Textos de Wlamyra Albuquerque, Elizabeth do Espírito Santo Viana , Flávio Gomes, Joselina da Silva , Karin Sant'Anna Kössling , Karla Leonora Dahse Nunes , Kim D. Butler , Maria das Graças de Andrade Leal , Maria do Carmo Gregório , Michael Mitchell , Paulo Roberto Staudt Moreira , Petrônio Domingues e Beatriz Ana Loner.
A Revolução de 1930, mais do que selar o fim de uma velha República oligárquica e inaugurar um novo Brasil moderno e industrial, como dizia o próprio regime de Vargas e seus intelectuais, representou o auge de uma crise advinda de princípios da década de 1920, de um modelo político e econômico respectivamente marcado pela chamada Política dos Governadores e pela exportação cafeicultora. Além disso, marcou o início de fortes disputas entre setores mais ou menos modernos e tradicionais da sociedade brasileira, culminando na imposição ao país, a 10 de novembro de 1937, de um novo modelo político-econômico de tipo autoritário e corporativo. Para além dos anos Vargas, contudo, questões como a centralidade do Estado, a proeminência do Executivo e alguns princípios de sua legislação social se manteriam até muito recentemente no país.
Esta obra é resultado da pesquisa O professorado primário da Bahia: formação acadêmica, normatização legal e atuação política (1889-1930). O interesse pela história do professorado baiano advém da minha insatisfação com as imagens construídas da docência pela sociedade. É necessário refletir em que medida se repetem, inclusive pelos próprios professores, as visões estigmatizadas e carregadas de intenções sobre a função do magistério, com suas hierarquias internas, escalas de importância e julgamentos apressados, ou conhecer como caminhos originais foram abertos por professores ao longo do tempo, demarcando resistências e soerguendo os pilares da profissão.
Barganhas e querelas da escravidão é composto por capítulos escritos por membros do Grupo de Pesquisa Escravidão e Invenção da Liberdade e resultam de investigações sobre tráfico de escravos, alforria e liberdade. A obra reúne textos que evidenciam tradições, tendências e caminhos da historiografia contemporânea sobre escravidão e liberdade.
Catorze ensaios sobre as lutas da resistência escrava no Brasil analisam as maiores insurreições contra o regime escravocrata e investigam suas causas, protagonistas e consequências. Em 1888, a vitória da causa abolicionista, materializada por uma lei imperial, ajudou a propalar a mitologia histórica de que a libertação dos escravizados ocorreu sem lutas e derramamento de sangue. Os ensaios reunidos por João José Reis e Flávio dos Santos Gomes neste livro comprovam justamente o contrário. Embora a história dos quilombos já possua bibliografia ampla e bem estabelecida, as revoltas e conspirações nas senzalas, modalidade mais aguda e violenta da resistência negra, têm sido me...