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Em 60 anos de carreira e 80 de vida, Heloisa Buarque de Hollanda já deixou importantes marcas na cultura brasileira: revelou importantes poetas, discutiu o pensamento feminista de forma pioneira, chamou a atenção para a pulsante produção cultural das periferias, questionou e atualizou o papel da universidade e do intelectual no Brasil. Ensinou, debateu, filmou, escreveu, editou, desafiou, mudou, criou, escutou. Sempre atenta ao novo e ao outro, a escuta talvez seja sua característica mais marcante: é o que fica claro na entrevista que abre esta edição. O livro reúne também uma série de textos de sua autoria, escritos em diferentes momentos de seu percurso intelectual. Neles, Helo...
Em 60 anos de carreira e 80 de vida, Heloisa Buarque de Hollanda já deixou importantes marcas na cultura brasileira: revelou importantes poetas, discutiu o pensamento feminista de forma pioneira, chamou a atenção para a pulsante produção cultural das periferias, questionou e atualizou o papel da universidade e do intelectual no Brasil. Ensinou, debateu, filmou, escreveu, editou, desafiou, mudou, criou, escutou. Sempre atenta ao novo e ao outro, a escuta talvez seja sua característica mais marcante: é o que fica claro na entrevista que abre esta edição. O livro reúne também uma série de textos de sua autoria, escritos em diferentes momentos de seu percurso intelectual. Neles, Helo...
"Eu me prometi, várias vezes, por vários anos, fazer um livro de fôlego sobre Rachel [de Queiroz]. Analisar sua obra moderna, seu perfil feminista, sua paixão política, seu estilo único, sua firmeza no trato com a palavra. Mas nunca escrevi esse livro [...]." Se o livro de fôlego nunca foi escrito, podemos saborear em "Rachel Rachel" os ensaios e fragmentos de Heloisa Buarque de Hollanda para a realização dessa grande obra que, paradoxalmente, se revela aqui por inteira. O livro inclui os seguintes textos: "A roupa de Raquel – um estudo sem importância"; "Rachel de Queiroz, profissão jornalista"; "Como entender Rachel de Queiroz?"; "O ethos Rachel". E ainda o belo texto escrito por Heloisa e Rachel a quatro mãos "Dona Fideralina de Lavras".
Neste ensaio inédito, baseado em larga pesquisa e em uma série de entrevistas, Heloisa Buarque de Hollanda analisa o papel das mulheres em campos chave da cultura brasileira, como a literatura, o cinema novo e a MPB, entre os anos 1950 e 1980, evidenciando atuações pioneiras de artistas que fizeram o feminismo avançar, mesmo sem, muitas vezes, se dar conta dessa fundamental atuação. Afinal, é comum que a militância feminista seja vista separada da força política da produção cultural das mulheres. Nessa recuperação histórica acompanhada de uma afiada análise crítica, Heloisa – que tem, ela mesma, um papel de destaque na construção de repertórios para as lutas feministas – traz à luz esse elenco de mulheres que impuseram a presença feminina e as pautas feministas na cena artística e mudaram definitivamente a cultura do país. São nomes como Elis Regina, Leci Brandão, Rita Lee e Joyce Moreno; Carmen da Silva, Carolina Maria de Jesus, Ana Cristina Cesar, Marina Colasanti e Marilene Felinto; Adélia Sampaio, Helena Solberg, Vera Figueiredo, Eunice Gutman e muitas outras que têm seu pioneirismo analisado com o olhar afiado e o texto saboroso de Heloisa.
Parte do livro "Onde é que eu estou". Texto de Heloisa Buarque de Hollanda, no qual a autora escreve sobre a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras: Rachel de Queiroz.
Um panorama múltiplo da quarta onda feminista no Brasil de 2013 até hoje. Fruto de extensa pesquisa, este livro procura apontar de onde vem a força avassaladora do feminismo na última década e as mudanças pelas quais passou ao longo dos anos. A professora e escritora Heloisa Buarque de Hollanda, um dos nomes mais importantes na área cultural e nos estudos de gênero no Brasil, convoca jovens que estão marcando presença no ativismo, na poesia e nas artes para mostrar pontos de convergência e divergência entre os muitos feminismos que compõem o cenário brasileiro atual. Como podemos definir esta quarta e explosiva onda? Quem são as mulheres que estão à frente dos movimentos hoje e o que elas reivindicam? Como a militância vem impactando a política, o comportamento e, sobretudo, a criação artística?
Os anos 1970, período que podemos identificar como o de formação das teorias feministas no Brasil, foi também o ponto de ebulição dos movimentos feministas no mundo. Se nesse momento, lá fora, as mulheres se uniam para lutar contra a discriminação sexual e pela igualdade de direitos, impulsionadas pelas utopias da década anterior, por aqui era preciso se posicionarem contra a ditadura militar e a censura, em um duro combate pela redemocratização do país, pela anistia e por condições básicas de vida. Não é estranho notar, portanto, que em boa parte dos textos reunidos nesta edição ¬– de dezenove autoras –, a conjuntura política brasileira não se apresente apenas com...