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Considerado por muitos um dos pontos altos da narrativa de Eça de Queirós, este livro traz uma importante reflexão sobre o poder das histórias que contamos. Final do século XIX, Portugal. Gonçalo Mendes Ramires é um aristocrata rural, ansioso por ascender socialmente. Por sugestão de um antigo colega da Universidade de Coimbra, ele resolve escrever um livro que exalte os feitos de sua linhagem, narrando as agruras de Tructesindo Ramires, seu antepassado distante. Fazendo da linguagem um potente artifício na construção de histórias e usando-a da forma que melhor lhe convém, Gonçalo tem como objetivo integrar o Parlamento português — fato que lhe conferiria o máximo prestígio e pelo qual está disposto a distorcer a realidade. Publicado originalmente em 1900, A ilustre Casa de Ramires foi impresso postumamente. Vista de forma ambígua, a obra já foi considerada uma ode a Portugal, mas também uma contundente crítica aos costumes do período. * Leitura obrigatória do vestibular da Fuvest.
Gonçalo M. Tavares é um autor de pensamento. Sua ficção se alimenta de um amplo debate epistemológico que encontra, na Literatura, um campo privilegiado de experiência e observação dos dilemas éticos do mundo pós-humanista. Como uma espécie de antropologia especulativa, a literatura tavariana lança mão dos mais variados gêneros para dar corpo a um amplo debate sobre os limites do humano, seu escopo existencial, seu corpo e subjetividade. O eixo deste livro vincula-se a um procedimento que Tavares declara praticar, por influência de Roland Barthes: o de “escrever a leitura”. São ensaios e erros que ora ousam uma imitação de seu gesto de escrita, praticando a “escrita com” Gonçalo M. Tavares, ora demarcam a presença dos outros com quem ele partilha essa mesma gestualidade. Para além disso, estes textos medem as intensidades do estranhamento que sua escrita promove, como princípio basilar de uma ficção cujo télos é o de, ao fazer absurdar o mundo contemporâneo, criar nele alguma lucidez.
A obra Em Pessoa: estudos sobre a poesia e a prosa de Fernando Pessoa, organizada por Sandra Ferreira e Edvaldo Bergamo, apresenta um conjunto de ensaios escritos por pesquisadores dedicados aos estudos da obra pessoana e vinculados a prestigiadas instituições nacionais e internacionais: Maria Helena Nery Garcez (USP), Jerónimo Pizarro (Universidad de los Andes/Colômbia), Luiz Maffei (UFF), Onésimo Teotónio Almeida (Brown University/EUA), Jorge Fernandes da Silveira (UFRJ/CNPq), Paulo de Medeiros (University of Warwick/Reino Unido), Lilian Jacoto (USP), Augusto Rodrigues da Silva Junior (UnB), Ida Alves (UFF/CNPq), Natália Rocha Marques e Edvaldo A. Bergamo (UnB), Nicolás Barbosa Ló...
Este livro é o primeiro de uma série de livros que resultam das conferências preparadas no âmbito do Seminário Internacional de Estudos Globais, uma iniciativa conjunta da Universidade Aberta, através da Cátedra FCT Infante Dom Henrique para os Estudos Insulares Atlânticos e a Globalização, com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, no período de 2015 a 2019, e que, depois disso, continuou como projeto conjunto da Universidade Aberta, através da Cátedra de Estudos Globais, com a Fundação Calouste Gulbenkian. É um projeto assumidamente alinhado com a defesa de uma globalização de rosto humano, ao serviço das pessoas e da democracia. As conferências que agora se publicam são da autoria de prestigiados investigadores portugueses e de outros países em variadas áreas do saber. Na verdade, é um compromisso científico, cultural e cívico com o saber humano total. As conferências agora publicadas inscrevem-se basicamente no vasto domínio das Ciências Sociais e Humanas, abordando assuntos de história, literatura, política, língua, cultura, arte e epistemologia da globalização.
Felipe é um menino curioso e cheio de energia que adora brincar. Um dia ele se acidenta e precisa ficar de repouso por duas semanas.Como suportar essa temporada sem fazer as coisas de que mais gosta? O que poderia ser um período chato se transforma em uma época de várias descobertas, quando Felipe começa a fazer experiências com espelhos no quarto onde repousa. Com a ajuda de amigos e parentes, ele logo se vê fazendo dois tipos de reflexão: nos espelhos, em divertidos experimentos de reprodução de imagens, e em sua mente, tentando compreender cada fenômeno. O leitor participa de tudo, fazendo as experiências junto com Felipe e, de forma lúdica, aprendendo conceitos da óptica geométrica.
O Programa de Pós-Graduação em Literatura Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo vem-se empenhando para promover anualmente um Evento, cujo objetivo é reunir, originalmente, alunos de Pós-Graduação, que apresentam o desenvolvimento de seus projetos de pesquisa. Entre os dias 12 e 13 de novembro de 2019, aconteceu a sétima edição do referido Evento, intitulado Jornadas de Literatura Portuguesa VII: a pesquisa em Literatura Portuguesa / Homenagem ao Prof. Francisco Maciel Silveira, sob a responsabilidade das professoras Flavia Maria Corradin e Marlise Vaz Bridi, que contaram com o inestimável apoio de egressos do Programa, a P...
No ônibus, na torre da igreja, na chuva, na lua, no chapéu do tio ou no sonho: não importa se é um lugar real ou imaginário, a excêntrica família de Por que Moramos Fora da Cidade? vai, cedo ou tarde, se mudar para lá. Nesta obra de Peter Stamm, com ilustrações de Jutta Bauer e publicado pela SESI-SP Editora, não interessa se cada rotina é marcada por experiências inusitadas (boas ou ruins) ou pelos acontecimentos corriqueiros. A família sempre está aberta a novas possibilidades de vida e os aprendizados por ela proporcionados. Ao embarcar nesta fantasia, o leitor pode tentar, também, encontrar seu lugar no mundo.
Apesar de José Saramago se ter mostrado crítico em relação ao significado tradicional do conceito de utopia, a sua obra oferece muitas vias de análise de temáticas relacionadas. Os trabalhos aqui reunidos centrar-se-ão em temas que abrangem a (re)aprendizagem de humanidade, o pós-colonial, o iberismo, a imagologia, a tradução, a língua, o estilo, a representação da mulher, o imaginário, a identidade e as representações de cultura e história. Entre outros aspectos, trata-se de ilustrar o facto de Saramago nunca ter entendido a utopia como uma via paralela à realidade. Antes, considerou-a como extensão do presente histórico no amanhã, na sua possível transformação em ...
Futurism Studies in its canonical form has followed in the steps of Marinetti's concept of Futurisme mondial, according to which Futurism had its centre in Italy and a large number of satellites around Europe and the rest of the globe. Consequently, authors of textbook histories of Futurism focus their attention on Italy, add a chapter or two on Russia and dedicate next to no attention to developments in other parts of the world. Futurism Studies tends to sees in Marinetti's movement the font and mother of all subsequent avant-gardes and deprecates the non-European variants as mere 'derivatives'. Vol. 7 of the International Yearbook of Futurism Studies will focus on one of these regions outs...