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Uma primeira lição: as escolas multisseriadas merecem outros olhares. Predominam imaginários extremamente negativos a ser desconstruídos. A escola multisseriada pensada na pré-história de nosso sistema escolar; vista como distante do paradigma curricular moderno, urbano, seriado; vista como distante do padrão de qualidade pelos resultados nas avaliações, pela baixa qualificação dos professores, pela falta de condições materiais e didáticas, pela complexidade do exercício da docência em classes multisseriadas, pelo atraso da formação escolar do sujeito do campo em comparação com aquele da cidade... Difícil superar essas visões tão negativas do campo e de suas escolas, porque reproduzem visões negativas dos seus povos e das instituições do campo. Estes textos nos provocam essa interrogação urgente: a quem interessa essa visão tão negativa da escola do campo e dos povos do campo? Por que ver o campo como problema? Para ver o Estado, as políticas como solução? Para reduzir seus povos a meros destinatários agradecidos de nossas políticas e intervenções-solução? Miguel G. Arroyo
Este livro é fruto dos debates realizados no II Seminário de Pensamento Social Brasileiro – intelectuais, cultura e democracia, cujos autores, gentilmente, se dispuseram a encarar o desafio de compartilhar suas reflexões com público mais amplo, agora em formato de livro.
Este livro é fruto dos debates realizados no II Seminário de Pensamento Social Brasileiro – intelectuais, cultura e democracia, cujos autores, gentilmente, se dispuseram a encarar o desafio de compartilhar suas reflexões com público mais amplo, agora em formato de livro.
Fundamentar uma discussão sobre a ação pedagógica em Paulo Freire é, antes de tudo, defender uma educação problematizadora, que estimula a curiosidade e o senso crítico dos educandos, extrapolando para esse fim o espaço educativo da escola. No entanto, o atual sistema de educação brasileiro, com pouca estrutura e poucos recursos, constrói muitas vezes o cenário oposto, resultando na consolidação de práticas educativas prejudicadas. A reflexão realizada nesta obra objetiva assim contribuir com a comunidade escolar em busca do desenvolvimento de uma educação que promova um verdadeiro enriquecimento no indivíduo.
Pensar a educação: entre partilhas e saberes é mais uma edição da coleção Aspectos da Educação, publicação que reúne pesquisas oriundas da sala de aula e pesquisadores que têm muito a nos auxiliar na caminhada, muitas vezes de luta, mas extremamente necessária, da docência. Afinal, quando pesquisamos, estudamos e divulgamos cientificamente sobre o contexto educacional, damos um passo na esperança de que os saberes se multipliquem e que, a partir deles, os docentes olhem com mais sensibilidade e criticidade para si e para seu entorno. O objetivo: elevar a qualidade da educação.
Neste estudo, descrevo a história da Educação Escolar Parakanã analisando as ações de educação desenvolvidas pelo Programa Parakanã, no período de 1988 a 2013, na Terra Indígena Parakanã, localizada nos municípios de Itupiranga e Novo Repartimento, no sudeste do Pará. A partir de documentos, produções científicas, fotografias, observações pessoais e depoimentos de professores não indígenas e alunos indígenas, evidenciamos como se desenvolveu a Educação Escolar Indígena ofertada pelo Programa Parakanã, apresentando as suas principais implicações para aquela cultura indígena. A partir de três eixos conceituais, procuramos interpretar a realidade Parakanã: 1) Educ...
O livro reúne artigos resultados de pesquisas na área da educação. Agrupa temas diversos, que revelam os avanços e limites da educação no Brasil. Ao abordar os fundamentos que têm respaldado os projetos educacionais para o país ao longo de sua história republicana, assim como práticas nos mais diversos campos da educação indígena, educação especial, educação para as relações étnico-raciais, formação de professores, acesso à leitura, aprendizagem escolar, currículo, acesso à educação básica e ao ensino superior, educação a distância e pós-graduação, o livro revela uma cultura educacional que reflete a ascensão e os retrocessos da sociedade brasileira. As reflexões traçadas dão conta de um país que precisa ousar nos programas e projetos educacionais para a consolidação de seu ingresso no mundo das sociedades ocidentais moderadas e democráticas. Destinado especialmente a professores e pesquisadores da educação, os autores colocam o leitor perante o desafio de pensar a educação brasileira com base em um humanismo capaz de descolonizar corações e mentes.
Quando a revista The Economist resolveu criar um editorial sobre America Latina, ela que tem a a tradição de batizar os seus editoriais com nomes de vultos proeminentes (Bagehot para o da Inglaterra, Charlemagne para o da Europa, Shumpeter para o de Economia), batizou de Bello o da America Latina.E por que ?Bello, venezuelano de nascimento, acompanhou Simon Bolivar a Inglaterra para negociar com o Rei da Espanha que lá se encontrava fugido de Napoleão o apoio a Junta. A condição da Junta é que ele instituísse a monarquia constitucional (e não absolutista). O rei não quis, a missão voltou, mas Bello ficou na Inglaterra.Enquanto isso os países da America foram sucessivamente vencen...
Depois do sucesso de crítica e público dos podcasts Vidas Negras e Negra Voz, Tiago Rogero se consolidou como um dos principais nomes do jornalismo brasileiro com o projeto Querino, empreitada de fôlego que chega agora em sua terceira fase com a publicação do livro projeto Querino: um olhar afrocentrado sobre a história do Brasil. Baseado no 1619 Project, trabalho da jornalista estadunidense Nikole Hannah-Jones para o The New York Times, Rogero propõe um olhar sobre a história do Brasil a partir da centralidade do povo negro. Com uma pesquisa minuciosa empreendida por uma equipe de especialistas de peso, o projeto Querino abarca, além do livro, um podcast produzido pela Rádio Novel...