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Ao se propor a escrever uma história das escolas isoladas em São Paulo na primeira metade do século XX, Angélica Oriani viu-se diante de desafios empíricos problemáticas historiográficas. No primeiro caso, a localização dos vestígios deixados por essas escolas, por vezes efemeras, supôs a frequên cia não apenas a arquivos e bibliotecas, mas também a delegacias de ensino em uma peregrinação que levou a autora a percorrer cidades do interior do estado, como Assis, Marília e Lins. O expediente foi tanto mais necessário em virtude do recorte da análise, situado entre 1917 e 1945/47, período em que parte da documentação ainda está guardada em arquivos intermediários e, por...
Aborda a história da alfabetização/ensino da leitura por meio da análise da trajetória profissional e produção escrita de Francisco Furtado Mendes Vianna (1876-1935), professor que nas décadas iniciais do século XX escreveu diversos materiais didáticos. Nesse sentido, o material contribui ao explorar de forma inédita a atuação de um dos sujeitos que participou de forma ativa da produção de artefatos destinados à escola. Os resultados esperados com a publicação são o de contribuir para o adensamento teórico do campo da história da alfabetização no Brasil, mediante a incorporação de um estudo pontual acerca de um dos sujeitos que atuou nessa história.
No livro “VOZES ESQUECIDAS DO SERTÃO PAULISTA: formação e trabalho de professoras e professores de escolas primárias rurais da região de São José do Rio Preto/SP (1940-1970)”, apresentam-se os resultados da pesquisa de Doutorado em Educação, cujo objetivo foi analisar aspectos da história da formação, ingresso e trabalho de professoras e professores de escolas primárias rurais estaduais pertencentes à Diretoria de Ensino do município de São José do Rio Preto/SP entre 1940 e 1970. O recorte inicial marca o período de iniciativas da União com relação à expansão do ensino primário rural por meio de investimentos, na construção de escolas e na formação de professo...
Para além de uma discussão que parece estar na moda, a proposta desse livro é contribuir, de fato, para as reflexões e práticas que dinamizam e movimentam o ambiente escolar. Quando se pretende articular ética, formação, interculturalidade e decolonialidade para pensar as coisas da educação, ele quer dialogar não apenas com os pesquisadores das temáticas aqui tratadas, mas sobretudo chegar ao ambiente da escola e da sala de aula. São nesses lugares que, efetivamente, emergem situações desafiadoras que, no mais das vezes, as pessoas têm dificuldades em compreender, reconhecer e construir soluções. Sempre recorrendo ao mais do mesmo, o que geralmente acontece é um olhar supe...
A arte, compreendida como produto do trabalho criativo de indivíduos histórica e socialmente desenvolvidos, constitui-se como uma das fontes de seu processo humanizador. Por um lado, quando a arte é produzida, não resulta apenas em objetos artísticos, mas, dialeticamente, produz seu criador como um ser humano que, diante do mundo, sente, conhece, reflete, percebe e toma posição. Por outro lado, o público fruidor da arte insere-se também em processo humanizador, ao desenvolver sua percepção, ampliar seus conhecimentos, compreender sua realidade e, com isso, desenvolver capacidades tais como imaginação, reflexão, abstração e conceituação. Historicamente, temos visto diferente...
Além de ocupar, resistir e produzir, as mulheres do MST vêm travando uma dura “luta dentro da luta” para superar o machismo e promover a igualdade de gênero. A educação de gênero nas escolas do movimento, combinada com lutas travadas especialmente pelas mulheres nas assembleias, nas cooperativas e associações, nos assentamentos, além da participação igualitária nas decisões estratégicas do movimento têm contribuído a construção de novas relações sociais e de gênero. O patriarcalismo é anterior ao modo de produção capitalista, mas certamente o capitalismo aprofundou as diferenças entre homens e mulheres, entre povos e etnias, e já está cientificamente provado qu...
Escrita por muitas mãos, a presente obra é uma coletânea que reúne 14 capítulos em torno da temática do ensino de filosofia. Colaboraram, com sua tessitura, professores/as e pesquisadores/as para os quais ensinar filosofia é um problema filosófico genuíno, pois consideram que é pensando as relações da filosofia e seu ensino que também temos condições de problematizar nossa formação e atuação como professores/as de filosofia e filósofos/as na contemporaneidade. Se o ensino de filosofia representa o pano de fundo dos capítulos, o fio condutor são as experiências vivenciadas no comum do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre o Ensino de filosofia (ENFILO). A obra foi dividida e...
Esta obra é oriunda de uma pesquisa científica que, ao ser transformada em livro, “aumenta a possibilidade de contribuir na formação continuada de profissionais da Educação, Psicologia e Psicopedagogia, além de indicar aos desenvolvedores de jogos eletrônicos, a necessidade de adaptá-los às características específicas dos processos educativos e psicopedagógicos, ampliando as possibilidades de ações a serem executadas pelo jogador e, assim, aumentando sua influência sobre o desenvolvimento cognitivo, a aprendizagem ativa e a conquista da autonomia em crianças e adolescentes”.
Este livro é fruto de vários encontros. O primeiro deles foi no chão da minha escola, durante o Ensino Médio, onde ouvi, pela primeira vez, que era possível alunos e alunas de Escolas Públicas ingressarem no Ensino Superior. Portanto, a História foi o caminho, a escolha. Nesse caminho, carrego o compromisso com a história e a educação, que constitui um campo de pesquisa atravessado por vivências teóricas, pessoais, coletivas e princípios sociais. No sentido de compreender e interpretar acontecimentos e histórias sobre a escola secundária em Pernambuco particularmente da sua pressão social para a ampliação de vagas em ginásios públicos, aponto os seguintes questionamentos ...
A ditadura do capital financeiro tem produzido consequências nefastas para a educação da classe trabalhadora. Essa nova forma de ditadura – chamada pelos intelectuais da direita de globalização ou sociedade do conhecimento – permite aos grandes grupos educacionais faturar milhões de dólares diariamente no setor educacional, além obviamente de reproduzir os valores do modo de produção capitalista. No caso brasileiro, a ditadura empresarial-militar se metamorfoseou em ditadura do capital financeiro. Ainda que as lutas sociais e educacionais dos anos 1980 tenham sido intensas, as rédeas da transição não saíram das mãos da burguesia e dos militares, bloqueando a “redemocrat...